O conforto de Jesus aos seus santos – Jo 14.1-3

Pais consciente e bem-aventurados – Jó 1.1-5
13/08/2017
O bom pastor e o seu rebanho – Jo 10.11-14
10/09/2017

Queridos esses três versículos são muito conhecidos. Por causa das maravilhosas verdades espirituais que neles estão contidas, eles são constantemente citados tanto nos leitos de enfermidade, como nas cerimônias fúnebres. Quantas pessoas enfermas já foram revigoradas com esses versículos; quantas famílias que perderam entes queridos também já foram confortadas com esses mesmos versículos.

São palavras do Senhor Jesus para os seus discípulos, preparando-os para as coisas terríveis pelas quais eles haveriam de passar aqui nesta vida.  E para que eles não esmorecessem diante das aflições que viriam, Jesus lhes receita alguns remédios.

O primeiro remédio receitado pelo Senhor é a fé. Como aqueles homens precisariam de fé. Nós costumamos falar que hoje em dia as coisas estão piores para nós do que no tempo dos discípulos de Jesus. Isto é um equívoco! Imaginemos como ficaram aqueles discípulos que deixaram tudo para seguir o Mestre. Eles pensavam que Jesus era um rei nos moldes de Davi, que viera resgatar Israel do domínio Romano. Portanto, podemos imaginar como aqueles homens ficaram arrasados, quando viram aquele que eles imaginaram ser o seu rei, cravado numa cruz.

Hoje nós sabemos exatamente o que aconteceu, porque temos o relato bíblico. Eles não tinham! Eles estavam vivenciando a história. O Senhor Jesus, porém, já sabia, antes da precipitação dos acontecimentos, que eles precisariam de um remédio fortíssimo, capaz de curar corações turbados. Esse remédio chama-se fé. Posteriormente o apóstolo João escreveu o que aprendeu com o Mestre, e experienciou na sua própria vida: e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé (1Jo 5.4).

Foi esse o primeiro remédio que o Senhor Jesus lhes receitou, conforme está escrito: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Jesus já sabia como aqueles discípulos ficariam com os corações turbados, desmaiados depois da sua crucificação, e receitou-lhes o remédio chamado fé, a vitória que vence o mundo.

Certamente muitos de nós também passamos por aflições, tribulações, decepções, desapontamentos, como os discípulos passaram. Os problemas desta vida corrompida não escolhem classe social, ou credo religioso. Rico ou pobre, piedoso ou perverso, todos nós enfrentamos dificuldades nessa vida. Mesmo o mais santo dos crentes pode ter que beber muitos cálices amargos capazes de turbar o seu coração. Que fazer, então?

O remédio é o mesmo receitado por Jesus: Credes em Deus, crede também em mim. Creia que Deus o salvou, e por isso mesmo ele há de sustentá-lo até o último dia. Não retire os olhos do autor e consumador da fé, Jesus, o nosso salvador. Seja qual for a situação pela qual você está passando, creia no Senhor Jesus e descanse nele.

O segundo remédio é um estimulante poderosíssimo. É a descrição do céu, a morada final dos santos, para onde Jesus nos levará. Eu já falei para vocês que Jesus pregou muito mais sobre os horrores do inferno do que sobre as delícias do céu. Não há muito ensinamento na Bíblia a respeito do céu, mas no v.2 há algumas informações preciosas. O céu é a casa de Deus Pai; é um lar; é o lar de Cristo e de seus discípulos.

Por isso o crente não pode ficar com o coração turbado. Nós devemos saber que ao fim dessa vida terrena estaremos indo para o nosso lar definitivo. A nossa casa, o nosso lar, como todos nós sabemos é um lugar onde geralmente somos amados pelo que somos. Nossos pais, esposas, maridos, filhos, irmãos, todos eles nos amam, mesmo conhecendo os nossos defeitos. A nossa casa, o nosso lar é o lugar onde jamais somos esquecidos, onde somos sempre bem-vindos, onde nós somos amados até ao fim.

Eu tenho aconselhado alguns filhos rebeldes dizendo-lhes essa verdade: meu filho, ninguém o ama mais do que os seus pais; você não encontrará acolhida em nenhum lugar desse mundo igual à que você tem na sua casa.

Essa é a idéia sobre o céu, o nosso lar eterno. Nós somos peregrinos em terra estranha; estamos na escola da vida, mas, em breve, estaremos na nossa casa definitiva com o nosso Pai. Casa não feita por mãos humanas; casa com muitas moradas, ou muitos cômodos (v.2). Lá haverá lugar para todos os crentes em Jesus, e nem um sequer ficará desalojado, porque o nosso Senhor foi nos preparar lugar, de modo que onde ele estiver, estejamos nós também.

Você sente saudade dessa casa, meu irmão? Você tem certeza que o céu é a sua morada definitiva, onde você habitará com o Senhor Jesus? Se não, eu o exorto: Arrependa-se, humilhe-se diante de Deus, e peça-lhe que ele lhe dê essa confirmação, que o Espírito Santo testifique ao seu espírito que você é filho de Deus, e que você tem lugar garantido na morada celeste. Sem essa confirmação ninguém entrará no céu. Até mesmo o ladrão da cruz, no último instante arrependeu-se, humilhou-se, pediu e obteve a confirmação do Senhor Jesus: hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).

Nada menos que essa confirmação aquietará um coração turbado, desesperado. Por isso mesmo, o último remédio receitado pelo Senhor Jesus é a esperança.

Jesus sabe que somos fracos e propensos a ter dúvidas a respeito da salvação: Será que eu sou mesmo um salvo? Será que eu sou mesmo filho de Deus? Será que eu vou mesmo para o céu? Por isso, o Senhor Jesus receita a esperança para dissipar as dúvidas (vv.2c,3). Observem que a esperança receitada por Jesus aos seus discípulos está fundamentada em duas promessas maravilhosas.

A primeira promessa foi esta: vou preparar-vos lugar. Queridos irmãos, o céu é nossa morada eterna por direito. Não que nós tenhamos feito alguma coisa para merecer esse direito, mas Jesus fez por nós. Ele morreu a nossa morte na cruz, ressuscitou para que tenhamos vida nele, e agora, ao ser entronizado no céu, prepara o nosso lugar. Não há quem nos impeça de morar no céu, irmãos. Quem garante isso é o Senhor Jesus Cristo, aquele a quem foi dado todo poder no céu e na terra, e ele afirmou: Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora (Jo 6.37). Não há quem nos impeça de morar no céu com o nosso Salvador.

A segunda promessa nesse pequeno trecho é: E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo. Que coisa maravilhosa, irmãos! Assim como o pai do filho pródigo não esperou que ele chegasse, antes correu ao seu encontro, assim mesmo o Senhor Jesus não ficará nos esperando lá no céu. Ele virá nos buscar aqui. Os mortos serão ressuscitados e os vivos terão seus corpos transformados, adequados à nova morada de glória com o Senhor, que virá nos buscar aqui.

Se a primeira vinda de Jesus foi uma bênção maravilhosa para aqueles que nele creram, a segunda vinda será mais maravilhosa ainda, para aqueles que têm certeza de que irão com ele. Como eu gostaria que todos aqui tivessem essa certeza! Por isso, diante dessa palavra tão estimulante do nosso Senhor Jesus, que cada um faça um autoexame, louve a Deus pelo seu amor por nós; louve a Deus pela graça salvadora de Jesus, nosso Senhor, que nos comprou com o seu sangue, para sermos um com ele.

No início eu falei que muitas pessoas enfermas têm sido revigoradas com esses versículos. Você está enfermo da alma, do espírito? Está debilitado em sua fé? Então, receba esta palavra vinda do céu. Não se turbe o vosso coração, crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. (…). Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim, para que onde eu estou estejais vós também.

O Senhor prometeu, o Senhor cumprirá, e sabemos que ele fará isso para louvor da sua própria glória. Amém